Levo as almas ao Rio Verde

.
Sou minhas próprias abelhas
caramujos e montanhas.
.
lagarta de finíssma pele.
.
levo as almas ao Rio Verde
se elas clamam afogamentos.
.
a lontra dorme molhada.
.
sem sénias capelas sepulto
o sol e alguns poemas.
.
88 borboleta Callicore.
.
nos seios trago os ovos
a ânsia do Criador.
.
a aranha fiando a morte.
.
Foto: Solange Ayres
Texto: Poesia 33, Eustáquio Gorgonne em Manuscritos de Pouso Alto. Prêmio Cidade de Juiz de Fora de Literatura, 2003.
0 Comments:
Kommentar veröffentlichen
<< Home