Eu gosto de céu azul,mar.Gosto de conversar fiado com os amigos,gosto de rir.

26 Juli 2006

Apocalípticas













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Galera, o que vocês estão vendo não é um deserto com oásis ao fundo e isto não é uma miragem e sim um campo de trigo aquí perto de casa. Mas esta tudo tão seco e quente que parece que estamos no Saara. As previsões da minha velha mãe estão para serem confirmadas: Da última vez o mundo acabou em água, desda vez vai acabar em fogo. Digo a vocês, ja estamos queimando.

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Foto: Solange Ayres

Arredores de Soller, comarca de Düren, Alemanha.

23 Juli 2006

Disque solidão


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As ruas uivam para a lua

Os carros trafegam na solidão

e os sonâmbulos sentem o cansaço da noite.

Quem vai querer comprar amor?

É só ligar 0900 e falar com a moça

Junto com a pizza ela vem a domicílo.

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Foto e texto: Solange Ayres

Rua de Kreuzau, Alemanha.

Are you afraid of flys?














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Are you afraid of flys?

Hast du Angst vor Fliegen?

Você tem medo de moscas?

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Imaginem que eu queria a dita de frente, mas era só virava a ... para a camera, entao foi assim mesmo de costas. Ao que ampliei vi que a coisa era feia, com um preto no meio e cabeluda. Rarara!! Pois eu agora não só tenho mais eca como passei a ter medo, rarara!!

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Foto: Solange Ayres

Da série: O pequeno mundo, Kreuzau, comarca de Düren, Alemanha.

O Brasil é aquí


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Gentes, estamos cozinhando em fogo lento. A Europa inteira esta cozinhando. Aquí tivemos 38 graus e não ha perspectiva de chuva para refrescar nos próximos dias. Definitivamente é o (d)efeito estufa. Segundo os meteorolistas a cada 15 anos temos temperaturas altas, mas em menos de 3 anos, 2003 e 2006 tivemos dois recordes. O Brasil é aquí. Todo mundo usando sainha curta, de biquine ou pelados, os alemães vao torrar no sol as margens do rio Reno. O bom humor é visível, mas ha os que reclamam, rarara, eu por exemplo, estou de língua de fora e me arrastando pelos cantos. Aí os clientes me atacam, “Mas como, se você vem dos trópicos?” Não adianda explicar que o calor daí não é o mesmo que o daquí. Nos temos aquelas deliciosas tempestades tropicais no fim da tarde que lavam a nossa alma. Aquí não, a panela continua fervendo noite adentro. Mas água não pode faltar... para as flores, é claro. Aquí o povo adora cultivar jardim e ontem fomos convidados para um churrasquinho. Aproveitei para dar um close na rosa.

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Foto: Solange Ayres

Da série: O pequeno mundo, Vettweiß, comarca de Düren, Alemanha.

21 Juli 2006

Testemunha da história



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Em Üdingen as margens do rio Rur, a 3 km daqui de casa podemos ver ainda vestígios da 2ª guerra. Alvo de artilharia dos americanos, a fábrica de celulose ainda é uma ruina.

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Foto: Solange Ayres

Da série: Memória e história, Üdingen comarca de Kreuzau, Alemanha.

20 Juli 2006

Eu e a mosca

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O calor esta afetando todos nós e aumentando o contingente de moscas. Não sei se elas são conseqüência dos meus vizinhos burros, ja que o odor sobe durante as horas mais quentes do dia. Por sorte vai demorar ainda para nos mudarmos e eu erguer o meu galinheiro de parede de meia com o vizinho burro. Por enquanto vamos fotografando os modelitos que temos.

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Foto: Solange Ayres

Rath, comarca de Nideggen, Alemanha.

18 Juli 2006

Na contra mão


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Tanto aí quanto aquí o telefone celular tomou conta e a internet transforma o correio peça de museu. Agora quando queremos por alguma carta no correio, se é que escrevemos alguma, não presicamos mais incomodar o funcionário sentado atras de enooormes mesas, que nos olhavavam sobre os óculos, nos tempos de crianca. É só jogar a carta ja com selo, que você

compra em caixas automáticas e pronto. Quando queriamos fazer ligação interurbana tinhamos que ir à central telefônica, dar o número para a telefonista e ficar alí esperando até ser chamada. Isso quando as más notícias não chegavam via ... telegrama, pois o telex veio mais tarde. Hoje, impensável. Podiamos pendurar de conversa no orelhão, agora com os novos modelitos temos que ficar alí de pé de guarda chuva na mão e a vizinhança toda ouvindo que você terminou com o namorado, rarara!! A juventude também contribui para que as cabines telefônicas desaparecam, não por usarem celulares, mas pelo vandalismo. Então dos famosos orelhões no Brasil, aquí sobrou apenas um pequeno suporte e o correio apenas uma caixa, todos os dois em extinção e na contra mão da comunicação, é só uma questão de tempo.

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Foto: Solange Ayres

Rua de Molbach, comarca de Kreuzau, Alemanha.

Pouso forçado


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Desde que comprei a minha máquina fotográfica digital alí na bacia das almas por 40 contos, não a deixo. Com ela faço as fotos que publico no blog. Ela viaja na minha bolsa para todos os lugares. Ando me divertindo com máquina e os resultados, especialmente com aquelas fotos, feitas, por exemplo, de dentro do carro em movimento, rarara. E eu dirigindo! Rrarara! Bem no caminho de volta para casa ontem flagrei um balão na hora do pouso em um campo de trigo recém colhido. Sorte dos ocupantes não aconteceu nada.

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Foto: Solange Ayres

Campo de trigo perto de Hochkirchen, comarca de Düren, Alemanha.

17 Juli 2006

Burgo Molbach


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Muitos burgos não sobreviveram ao tempo e nem todos tiveram a sorte de serem restaurados. O Burgo de Molbach por exemplo, de Mol, Mülhe, ,moinho em elemão, virou hospedaria. A história do burgo tem início no ano de 1140/ 1150, quando foi contruido pela família Graf. Vizinho do burgo Untermaubach*, Molbach era composto de dois moinhos um de cereal e um moinho de óleo e o castelo. A aproveitando a proximidade do rio Rur a água era conduzida em canais para os monjolos e punha para funcionar as engrenagens, que depois serviram de inspiração para a construção das das máquinas na revolução industrial. Ontem estava um dia quente e luminoso e fomos fazer uma visita a Molbach.

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Foto: Solange Ayres

Da série: Burgos e Castelos, Molbach, comarca de Kreuzau, Alemanha.

16 Juli 2006

A sombra da mosca














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Foto: Solange Ayres

Da Série: O pequeno mundo, Kreuzau, Alemanha

Na esquina tinha uma porta


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Mesmo que só na memória da pintura, ali foi erguido o muro que protegia a cidade. O centro cidade de Düren foi severamente destruido num bombardeio 1944 e com ele a memória dos tempos medievais. Ao consruirem o feitoso bloco de apartamentos lembraram na pintura que havia ali uma porta medieval.

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Foto: Solange Ayres

Da Série: Burgos e Castelos, rua da cidade de Düren, Alemanha.

Aprendendo com as borboletas

The litlle world

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Ontem fui buscar motivos para as fotos

Encontrei borboletas, vespas, abelhas, besouros

Cada um se servia do seu prato predileto.

Das margaridas servia as abelhas,

Das disltels azuis as borboletas

e as ja em estágio de retorno à terra

os escaravelhos e persevejos.

Não havia concorrência

e nos campos de flôres era uma festa só.

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Foto e texto: Solange Ayres

Da série: O pequeno mundo, Rath, Nideggen, Alemanha.

15 Juli 2006

O cheiroso














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Sou fedido mas sou gostoso.
Palavras de um percevejo.
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Foto: Solange Ayres
Da série: O pequeno mundo, Kreuzau, Alemanha.

Os vastos campos














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Os vastos campos

Estão prontos para ser debulhados

A paz advém do trico seco

mas o vento atrita as espigas maduras de ódio

Longe ruge o motor dos tanques

Beirute X Jerusalém

É tempo de colher tempestades.

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Foto e texto: Solange Ayres

Campos de trigo em Rath, comarca de Nideggen, Alemanha.

Davi x Golias

The big and the small
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Foto: Solange Ayres

Água-forte

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É preciso que você escreva, amor,

Me dizendo que os pássaros de bronze

da estação

Ainda voam sobre os trens.

Tenho que me tranqüilizar sabendo

Que nosso amor dura tanto

Ou mais que a plataforma de pedra.

Diga-me que seu coração foge pela noite

atrás do meu

Como uma mamangaba saindo dos paredões,

E você anseia para que eu volte

Com um tufo de lírios nos braços.

Não deixe de escrever me dizendo

Que o boné das tardes cobre sua casa

E que você tabém morre na solidão.

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Eustaquio Gorgone

Em Delíriuns-Tremens, 1974.

14 Juli 2006

Diz que deu, diz que da.

(Kein Thema)

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Geentes, estou escrevendo atrasado, mas ja estava de fato me dando nos nervos esta Copa. Fiquei fora do ar uma semana, mas os clientes ainda me perseguem, rarara, lamentando a saida do Brasil das finais. Sobrevivemos as intempéries futebolísticas. Agora a Alemanha volta à rotina e muitos clientes desabafam: “Ainda bem que acabou, não agüentava mais aquela euforia, aquele estado de exceção nacional ”. Nunca houve tanta manifestação pública com bandeira alemã asteada. Quase duas semanas ja se passaram e ainda se vêem bandeiras nos carros, nas casas, quase como demonstração de união nacional. De fato um time coeso, ainda que não sendo o favorito, demonstrou que consegueria chegar la, mesmo que o “la” um 3°lugar, digo, para aquí um orgulhoso 3° lugar.

Bem, mas a Copa da Alemanha ainda continua sendo manchete de jornal. A ... chifrada do Zidane no jogador italiano. Pediu desculpas pelas crianças, ah, sempre elas, masss... xingaram a mãe dele e quando bota a mãe no meio, ja viu, fez que nem na letra daquela música “Deus dara”:

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“... quando põe a mãe no meio

dou pernada tres por quatro

nem me despenteio

Diz que deu diz que da

Não vou duvidar ô nega

Deus dara”

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Foto: Estádio de Sttugart, Alemanha.

Imagem da TV.

Que olhos!


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Mas que olhos tão grandes!

É para te ver melhor.

Mas que língua tão fina!

É para te percrustar melhor.

E que perninhas!

É para te fazer cócegas.

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Foto e texto: Solange Ayres

Da série: Dálias, Kreuzau, Alemanha.

09 Juli 2006

“Obrigado por terem sido nossos convidados“


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Ontem foi a final para a Alemanha. Um jogo que tirou a fôlego da torcida. Jogão. Os meninos convenceram pela coesão interna. No último jogo para o goleiro Kahn, Lehman o titular o deixou jogar num gesto de companheirismo. “Kann” de Oliver Kahn em alemão e “can” em inglês quer dizer: “poder”. Ele fez mesmo o que pode. A torcia foi para a casa feliz e aquí esta se comemorando o 3° lugar como se fosse o primeiro. A frase escrita no meio da galera simboliza um pouco como os alemães se sentiram sediando a Copa, agora um pouco mais internacionais.

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Foto: Solange Ayres

Imagem da TV.

Instante

















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Qualquer lugar

é um lugar qualquer

quando meu coração

é a vida

de um instante

em todo o tempo

de um momento sem medo

ou pensamento.

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Estar viva

é só,

inteiriamente

ser o amor,

sem ser sozinha.

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Encontrar-me

é encontrar a vida.

O mundo há de caber em mim

no tempo de poder amar de novo

por inteiro.

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Poesia: Angela Rabelo

Foto: Solange Ayres, Berlin, Alemanha.

Em Chão e sonho na dança da vida, Brasília, 1999.

Pânico nas alturas













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Alemanha enfim mandou alguém para o espaço. Eh, o primeiro astronauta europeu voou anteontem la para cima. A Discovery atracou na estação espacial e despejou la os astronautas que terão que se aturarem no mínimo 6 meses. Por causa do acidente da nave Columbia os cuidados com a segurança foram redobrados. Antes de voltar à terra, a nave foi fotografada em todas as posições para se anteverem a possíveis rachaduras ou defeitos na cobertura externa, o que causou o último fatal acidente. Numa certa altura a camera descobre algo que parecia brancos arranhados na superfície. Alarme geral. Não entrem em pânico era só uma cagada de pombo. Raraa!

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Foto: Solange Ayres

Parentes dos suspeitos, Kreuzau, Alemanha.

08 Juli 2006

Burro de pai e mãe














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Os burros do vizinho chegaram! Urra! Agora vocês têem a vista total do que sera a nossa varanda com burros. Burro de manhã azurrando, burro a tarde pastando, burro a noite copulando. O que vocês pensam, claro que eles não vão fazer de dia na frente das criancas, ou? Rarara! Enfim, uma verdadeira burrada visual, auditiva e odorífera. Socorro! Não tenho contato ainda com a vizinhança, mas ja posso imaginar o que eles pensam: querem fazer sabão dos burros do vizinho ou era mortadela? Rara! Meu pai não comia mortadela porque dizia que era carne de cavalo velho, rarara! Bem, apresento a todos os novos vizinhos, uma pequena família, pai, mãe e burrinho, o filho.

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Foto: Solange Ayres

Rath, comarca de Nideggen, Alemanha.

The little daisies world















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Foto: Solange Ayres

Da série: O pequeno mundo das margaridas

Rath, comarca de Nideggen, Alemanha.

Chuvas














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Ontem tivemos tempestade

de chuva, raios, granizo.

Nuvens gordas voaram sobre as nossas cabeças.

O ar estava quente e pupulava de insetos.

Hoje vamos ter mais tempestades.

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Foto: Solange Ayres

Da série: Burgos e castelos, detalhe da porta do burgo de Nideggen, Alemanha.

A joaninha e a formiguinha















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Ao contrário do elefante, aquí não rolou nada, se é isso que estão pensando...

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Foto: Solange Ayres

Da série Dálias, Kreuzau, Alemanha.

07 Juli 2006

Enfim sexta feira


















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Ufa, estou pronta. Por onde andara a cigarra?

Marcamos um encontro para cairmos na farra juntas.

Hoje é sexta.

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Foto e Texto: Solange Ayres

Da série: Dálias, Kreuzau, Alemanha

06 Juli 2006

Pode parar


Caminhando pelas cidades da Alemanha a gente quase sempre “tropeça” no passado. Esta era a parte interior da muralha que cercava a cidade de Düren, 7 km daquí. Foi erguido no século XVII para a proteção dos seus habitantes como nos outros burgos. Como a maioria dos monumentos foi destruido na 2a guerra. Atras do muro virou um estacionamento bacana.

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Foto: Solange Ayres

Da série: Burgos e Castelos, Düren, Alemanha.

Click!

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A Alemanha ainda respira futebol, mesmo não disputando as finais e esta literalmente vestida para a Copa 2006. Arenas com telões para ver os jogos ao vivo estão instalados nas grandes cidades, onde os torcedores vão bebemorar juntos. O circo da copa aquí é na praça de Heumarkt, no centro da cidade de Colônia. Nas ruas laterais funcionam um verdadeiro “bazar da copa”, onde se pode comprar aqueles abomináveis souvenirs, que vão ficar empoeirando em algum lugar da casa e depois aterrizar no lixo. No sinal vermelho a gente tem algumas opções: ou lixar as unhas ou fotografar os arredores. Ao fundo se vê a silueta da famosa catedral gótica, símbolo de Colônia.

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Foto: Solange Ayres

Da série: Cenas Urbanas, praça de Heumarkt, Colônia, Alemanha.

Quando chegam as flores



















Quando chegam as flores, há descanso

E cessa no ábaco a somas dos dias.

Voltam aos céus cirros em ramas,

Ao vaso retorna o leite derramado.

Silencia e solidão, azulejos órfãos,

Encontram seus pares no mosaico.

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Quando morrem as flores, há movimento

E os sóis com labor giram a manivela.

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Poesia: Eustáquio Gorgone

Em Girassol Fixo, 1985.


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Foto: Solange Ayres

05 Juli 2006

Pizza para o jantar

Os jogadores jogaram.



A Angie vibrou.



O Franz cantou o hino.

valeu

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Mas não deu. Apesar da luta os italianos venceram de 2 a 0. Como de costume, ao invés de assistir o jogo fui fazer geléia de ... bem se eu descrever, parece com as nossas jabuticabas. Ao contrário dos outros jogos, este foi o jogo do silêncio. Quase não se ouvia o coro “Ohhhhh!!” da vizinhança. Para o consolo do time a presidenta, Angela Merkel foi, minutos após o jogo, cumprimentar pessoalmente os jogadores. Imaginem se ela pega o bonitao do goleiro Lehman pelado no vestiário? Uhuuuau! Só de sunguinha ja dava. Até eu queria ver.Vamos ter sossego pelo menos até sábado, mas garanto que o humor aquí vai mudar, pra pior, ai, ai. Bem, que tal para variar pedirmos uma... pizza para o jantar?

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Foto e texto: Solange Ayres

Imagens da TV da Copa

04 Juli 2006

The little daisies world
















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Foto: Solange Ayres

Da série: O pequeno mundo, margaridas selvagens, Rath, comarca de Nideggen, Alemanha.

Água, por favor!

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Hoje esta terrivelmente quente. O asfalto reverbera calor e parece que a gente esta numa sauna seca. Não venta, não chove. Eu ja esturriquei o jardim daquí de casa ja esturricou, mas os jardins da cidade de Düren não. Cuidadosos jardineiros passam com os seus “regadores” para aplacar a sede dos vegetais. As flôres agradecem.

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Foto: Solange Ayres

Da série Cenas urbanas

Caminhões regadores da cidade de Düren, Alemanha.

Os jumentos dos nossos vizinhos

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O estábulo ficou pronto. Parece casa de luxo do bairro Sion de Belo Horizonte, com jardim de frente e DCE, isto é, dependências completas de empregada, rarara! Gentes, só aquí mesmo para neguinho rico, que não tem mais onde por o dinheiro, contruir uma casa tão luxuosa para os quadrúpedes. Esses jumentos, os vizinhos, dividem a cerca do terreno conosco. Do lado debaixo jumento, à esquerda vizinho, ou seria o contrário? Vai ser o ó quando os bichos se instalarem em definitivo. Ja falei com o cidadão daquí de casa, eu quero um galinheiro, com galinhas para produzir o contra-cheiro. O estábulo ja foi contruido bem de frente da nossa varanda. Então o galinheiro vai ficar bem na beirada do terreno, do lado da porta da sala deles. Porque não? Imaginem a guerra de odores, titica de galinha versus estrume de jumento? Me aguardem, ainda noticiaremos sobre os nossos vizinhos jumentos.

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Foto: Solange Ayres

Margaridas selvagens no fundo do terreno onde esta sendo contruido a casa. Abaixo (não se vê) fica o estábulo. Rath, comarca de Nideggen, Alemanha.

03 Juli 2006

Cerejas















Estas são as primeiras cerejas a amadurecer. Pois não é que no início não dava conta de chamar a mardita pelo nome e me vinha sempre na cabeça a imagem da frutinha com um buracão no meio, rara. Ué, não tem um buraco no meio, porque não? Não riam. Pensem que era fácil? Era trágico eu ter lembrar do nome e ainda ter falar “Hinbeeren”. Entao facilitei as coisas, aquí eu as chamo em alemão de Lochbeeren, isto é, fruta do buraco. Rarara! Assim ficou, agora é a fruta do buraco. Rara!!

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Foto: Solange Ayres

Bicho grilo


















Deixe de ser cri cri.

Fica na tua.

Esta tudo numa boa.

Podes crer.

É isso aí, bicho.

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Foto e texto: Solange Ayres

Para o Paulinho Podescrer.

02 Juli 2006

Burgau


















Vocês não imaginam o que eu achei nesse domingo? Um burgo bem pertinho daquí de casa, 3 quilômetros. A região onde moro, Eifel, como ja noticiei anteriormente é cheia desses pequenos burgos. No ano de 1313 dada a permissão para a construção e em 1474 torna-se propriedade da família Aue atravez de herança. Sua característica é a fachada de frente em estilo renascentista, que na idade média tinha função de ponto de observação bem como fonte de iluminação interna. Abandonado, em 1945 grande parte foi destruido pela guerra, mas os cidadãos reconstruiram sua história. Ele era o que aquí é chamado de Burgo de água. O primeiro fosso de água que da acesso ao burgo e um segundo e com uma ponte que da acesso ao castelo, para a garantir a segurança dos burgueses, aqueles que habitavam os burgos, contra a invasão de ordas bárbaras. Até o século passado era como uma fazenda, onde havia atividades agrícolas e pecuária, assim como o Burgo de Kreuzau* ainda hoje. Ha um imenso parque que o circunda, onde podemos andar quilôôômetros de biscicleta, fazer caminhas ou simplesmente sentarmos para ler um livro. Hoje fomos tomar cha no Burgau.

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Foto: Solange Ayres

Da série Burgos e Castelos, Burgau, comarca de Düren, Alemanha.

* Veja a postagem do Burgo de Kreuzau.

Fui por aí














Se você quiser saber para onde eu vou

pergunte pelo passante que me encontrou

Fui por aí

na contra mão, subi, corri

desci a estrada

e não vou voltar não.

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Foto e texto: Solange Ayres

Escargô 1 X Feijoada 0














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Zidanamos. O Brasil não jogou mal, mas os franceses foram melhores, venhamos e convenhamos. O desempenho do Brasil nos últimos jogos, apesar das vitórias, não foi la essas coisas. Jogaram o necessário, fizeram gols contra o Japãozinho, esGANAram os africanos, mas os adversários não estavam à altura. Trombaram de frente com a França, estruturada e forte. A Seleção volta para a casa de mãos vazias. Um time que tem as maiores estrelas, mas que não joga em conjunto é a morte. Os franceses certamente estarão comemorando com um fino prato de Escargô ao molho de manteiga regado à champanha e o Brasil vai ter que se contentar com feijoada e cachaça. Agora me perguntem, como vou suportar as chacotas dos clientes? Simples, estou de férias uma semana. Rarara! Ufa!

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Foto: Solange Ayres

Conchas vazias dos escargôs que eu comi na semana passada.

01 Juli 2006

Colégio Normal Santa Terezinha , 8 de dezembro de 1970.












Quem diria, estudei em colégio de freira! No ínicio estudavam só meninas. A programação da escola era interessante, tínhamos aula de música, bordado e aprendíamos a cantar. O teatro com palco grande e coxias servia de lugar para brincar de esconder na hora do recreio. Um unico coqueiro plantado no centro fazia uma rala sombra no pátio e uma vez por ano dava uns coquinhos amarelos doce. Não só nós gostávamos dos coquinhos como determinadas borboletas, que antes de se tornarem pupa circulavam como taturanas moles que caiam no pátio acimentado. O regulamento era severo: calca comprida para meninas era proibido. O uniforme, saia. Em plena ditadura militar tínhamos que ouvir em forma o hino nacional, antes de entrarmos para a sala de aula. Mas uma vez por ano saíamos do uniforme e vestíamos de caipira: era festa, festa junina. Passamos uma infância sem preocupações.

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Diploma de quarto ano.

Da direita para a esquerda, debaixo para cima.

1a Fila: Lilian Weber, neta de imigrantes alemaes, Luzia, Marcinha, filha do Doutor Hélio, Zé Mário, irmão da Maria Célia, Turki, Claudio, Giovani, Claudio Ronã, filho de um motorista da Cavisa, Rogério, filho do senhor Mario Ferreira, comerciante, Gladson, o pai era fotógrafo, Eduardo.

2ª Fila: Druziana, Eliane, Ana Maria Marques, do Hotel Marques, Maria do Carmo, o pai era gerente do Banco do Brasil, Marilda, Solange, o pai era o seu Zé Ayres, eletricista, Sônia, Soraia, Regina Lucia, sobrinha do padre Castilho, Claudia Persante, filha do senhor Nelsão, que tinha uma farmácia, Maria Célia, irmã do Zé Mario.

3° Fila: Mara Suzane, Luciana, o pai era fazendeiro, Lucinha, o pai tinha um açougue.

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Foto: Menininho, em frente a Igreja Matriz de Caxambu.

Da série: seção naftalina.

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*Se alguém conhecer as histórias e onde anda os personagens acima hoje é só escrever.

A lagarta














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Foto: Solange Ayres

Da série dálias, Kreuzau, Alemanha.

Alemanha 5 Argentinha 3













Mais um sufoco. Vocês sabem que eu nem fiquei la assistindo o jogo de nervoso? Fui fazer um guisado para a janta. Não sofri. Só escutava os gritos a cada lance. Rarara! A vizinhança toda gritava em coro “Tooorr”, isto é, “Goool”. Mas a Argentinha não sabe perder mesmo e fez feio tentando sair no braço depois do apito final. O Maradona é que deve ter afogado as mágoas fumando o resto dos charutos que ele comprou em Havana, quando ele foi curar-se da overdose. Rarara! Agora ele vai ter ressaca de charuto. Charutada. Oh, não chores Argentinha! Daquí a quatro anos tem mais.

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Foto: Solange Ayres

Imagem do Jogo Alemanha X Argentina.